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O número de golpes aumentou 58% este ano, em comparação ao ano passado, em Mato Grosso. Foram 11.664 casos registrados entre janeiro e outubro de 2020 e 7.377 no mesmo período de 2019.
O levantamento foi feito pela Superintendência do Observatório de Segurança da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
Segundo os dados, em 36,3% dos casos, o golpe ocorreu pelo uso indevido de dados pessoais em situações como recebimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), auxílio emergencial ou transação bancária.
De acordo com a Sesp, o período de isolamento social na pandemia do novo coronavírus intensificou compras online e recebimento do auxílio emergencial e isso contribuiu para o aumento dos casos.
O levantamento aponta que em seguida, está a clonagem de WhatsApp, responsável por 20,2% dos casos. A modalidade de boleto falso é a terceira mais utilizada, com 12,4% dos casos totais do estado.
O restante das ocorrências registradas em Mato Grosso estão distribuídas da seguinte forma: 9,3% de golpes por redes sociais; 7,3% golpes por sites de comércio eletrônico; 3,2% de venda simulada/produto não entregue; 2,9% outros (golpes pessoais, cobrança indevida); 2,7% cartão clonado; 1,9% golpe por contato telefônico/WhatsApp.
Em Cuiabá, o estelionato gerou 3.234 registros entre janeiro e outubro de 2020. Em comparação com o mesmo período de 2019, quando houve 2.390 ocorrências, o aumento é de 35%.
A crescente demanda gerada por estes crimes foi responsável pela criação de uma delegacia especializada, que deve ser instalada no próximo ano.
Perícias
Atualmente, os crimes de estelionato são investigados pela 2ª Delegacia do Planalto, na capital. De acordo com os casos e materiais apreendidos, a unidade pode solicitar o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Uma das gerências acionadas é a de Documentoscopia, que faz as perícias de cheques, notas de dinheiro ou outros documentos, como contratos.
De janeiro até o momento, foram realizados 204 exames periciais documentais pela Gerência de Perícias de Documentoscopia da Politec, abrangendo exames de legitimidade de documento (autenticidade documental), lançamento gráfico impresso ou manuscrito (autenticidade gráfica), e exame de contrafação.
Por meio de equipamentos, os peritos conseguem checar se um cheque ou outro documento (certificado de registro de veículo, registros de propriedade rural, certidões diversas, carteira de identidade, entre outros) sofreu alteração de dados, por exemplo, se as assinaturas são falsificadas, com a análise grafotécnica, e ainda quem pode ter assinado, com o exame de autoria gráfica.
Já a Gerência de Perícias de Computação (GPC) atua na busca de vestígios nos computadores e aparelhos celulares que podem comprovar a prática do crime, como boletos e e-mails falsos, arquivos de vírus e malwares.
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